Chamo-me Rita Sousa Lobo. Adoro música, arte, natureza, a minha família e os meus animais. Sempre fui motivada por questões relacionadas com a subjetividade, emoções, cultura, grupos e tecnologia. Formei-me em Filosofia e em Psicologia Clínica, assim como no modelo psicanalítico individual e de grupo. Tenho a minha própria clínica privada há 18 anos.

Como é a minha abordagem?


A minha abordagem enquadra-se na psicanálise relacional, com inspiração fenomenológica, observando as necessidades e dificuldades específicas que cada um vivencia dentro do seu contexto. Os diagnósticos servem como uma referência mas o que importa é a pessoa e as suas circunstâncias. Priorizo a relação terapêutica e estou atenta ao impacto do tipo de vida pós-moderna na saúde.

Expereincia

Si

EXPERIÊNCIA CLÍNICA

List of Services

  • PSICOTERAPIA

     O que acontece


    1. O estabelecimento de um relacionamento seguro - aprender e mudar só pode ocorrer em segurança.


    2. As sessões decorrem em ambiente de baixo a moderado stress - algum stress promove a plasticidade, mas além de um determinado limite, os sistemas cerebrais que regulam a mudança e as aprendizagens fecham-se.


    3. Activa se pensamentos e de sentimentos - pensar e sentir são ambos fundamentais no processo de psicoterapia, pois sem ambas as vertentes (racional e emocional) não é possível a integração de sistemas neuronais cognitivos e emocionais subjacentes à eficácia da psicoterapia.


    4. Cria se uma nova história pessoal adaptável - uma terapia eficaz permite perceber a história da pessoa, compreender o que correu mal e o que é preciso fazer para ter mais saúde. 

  • PSICOTERAPIA DE GRUPO

    Muitas pessoas sentem que a psicoterapia de grupo pode ser mais poderosa e promotora de mudança do que a terapia individual. Podemos enunciar pelo menos 5 benefícios  


    1. A terapia de grupo ajuda a perceber que não está sozinho.


    2. A terapia de grupo facilita o dar e receber apoio.


    3. A terapia de grupo ajuda a encontrar a sua "voz".


    4. A terapia de grupo ajuda a se relacionar-se com os outros (e consigo mesmo) de maneiras mais saudáveis.


    5. A terapia de grupo fornece uma rede de segurança.


    Embora tenha feito a formação em Grupanálise na Escola Portuguesa de Grupanálise optei pelo modelo grupanalítico original da Grupanálise Inglesa, com foco no treino do Ego em acção e os aspectos relacionais do mesmo. 


    Os grupos podem ir até 8 elementos, aberto a novos membros enquanto há vaga, com sessões regulares, duas vezes por semana. O objectivo mais importante, para além dos benefícios enunciados, passa por uma mudança profunda, com ênfase nos aspectos implícitos (ou inconscientes) da vivência pessoal, compreendidos na dinâmica intersubjectiva e relacional do grupo.

JÁ ALGUMA VEZ PENSOU?

  • MATRIZ DA SAUDADE, UMA ESTRANHA FORMA DE VIDA

    Eduardo Lourenço considerava que o povo português mantinha uma relação irrealista consigo próprio. Por considerar esta percepção verdadeira e presente na nossa mentalidade, dedicamos tempo a analisar esta relação dita "irrealista" que nos caracteriza. A matriz da saudade é um trabalho de investigação onde tentamos integrar uma perpectiva psicanalítica, fenomenológica e histórica, para compreender a cultura poruguesa. O conceito de matriz da saudade explica que o trauma português foi a perda ( de pessoas, bens, e prestigio relacionado com os descobrimentos, perda de soberania, inquisição e emigração). A  transmissão transgeracional deste trauma emerge na caracteristica unica dos sentimentos de Saudade, isto é, um misto entre dor e prazer, entre encanto e desencanto, entre quer e não querer.  


    As manifestações afectivas da Saudade passam por um culto do imobilismo, do absurdo e do messianismo, romantizado pela ideia de fado e encarnada num heroi sofrido e cansado.A saudade está inscrita no domínio do onirismo ou da ilusão. Podemos considerá-la um artefacto cultural ancorada numa relação com objetos perdidos que outrora existiram de forma amorosa e cuja manutenção da relação com esses objetos perdidos é suportada pela fé poética, pois o pensamento crítico e a lógica são evitados e o irreal ou impossível torna-se o campo relacional escolhido, dando lugar ao um sentimento mistico. A pessoa deixa de pensar no que viu ou ouviu e entrega-se à ficção.

     

    Neste sentido, a saudade, na matriz portuguesa, torna-se obstáculo à transformação e ao desenvolvimento preendendo os sujeitos a uma fixação no objeto perdido que preserva um ideal de paraíso que só pode ser visitado através de devaneios evitando olhar a realidade de frente. Essas experiências culturais prolongadas produzem um estado de espírito desprendido, um escapismo através da nostalgia que proporciona uma pausa temporária nas dificuldades e desafios da vida real e um alívio ou conforto de um mundo idealizado, de "outros tempos". 


    No nosso entender a saudade, em todo o seu esplendor, deveria ser remetida para o plano de uma experiência estética que claramente se relaciona com temas como o amor, a perda e a passagem do tempo, evocando um certo estado de espírito ou uma atmosfera marcada por uma beleza agridoce, pois essa experiência de unidade com o objeto já não é possível replicar no real. Como experiência estética a saudade tenta criar pela poesia e música, onde o fado é o género musical por excelência, esse lugar oceânico, a ligação ao lugar perdido. 

    Neste sentido aplicada na cultura quotidiana pode ser impediditiva do desenvolvimento do proprio grupo português. No entanto como forma estética tem o poder para conservar. de forma muito bela, espaços, memórias, pessoas e objectos que são emocionalmente significativos.

  • ANSIEDADE E BURN OUT NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

    A  actual dinâmica social, devido à sua compartilhabilidade virtual, dissemina rapidamente princípios de não localização e descentralização, pela revolução da fisica contemporanea, gerando resistência a concepções de que há algo fixo ou permanente. 


    Seguindo a argumentação de Bauman (2000), a era da modernidade pesada ou sólida, dominada pela conquista territorial, pela ocupação e proteção do lugar como fortaleza e prisão, onde as rotinas, as linhas de montagem eram a realidade, desapareceram progressivamente com o advento da modernidade liquida. As tradições esvairam-se e as organizações afrouxaram para poderem ir com o fluxo. O mundo hoje é percebido como múltiplo, complexo e em movimento rápido, ambíguo, difuso, ou plástico, avesso às estruturas duráveis. O espaço-tempo é de trânsito ou de fluxo como podemos observar no aumento da frequência das pessoas em shoppings, aeroportos, hoteis, autoestradas, parques de estacionamento, e outro espaços transitórios. No universo virtual o espaço-tempo pode ser atravessado quase instantaneamente.


    No ensaio “O aroma do tempo” de 2016, sobre a arte da demora, Byung-Chul Han observa que a aceleração do tempo na atualidade “não é um acontecimento primário”, mas deriva da descontinuidade ou da atomização. A pós-modernidade é o o fim da crença num cosmos hierarquicamente ordenado. A nova condição humana é carregada por concepções de globalidade, de excesso ou superabundância. Neste sentido começa a perder-se a noção de ser preciso retornar ou reviver algo que esteja no espaço-tempo sólido. 


    O sujeito pós-moderno


    Segundo Hall (1992) o sujeito iluminista ou o cogito cartesiano, baseava-se na concepção de uma pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, consciência e ação. O núcleo era interno mantendo-o essencialmente o mesmo – contínuo ou idêntico a si mesmo – ao longo da existência individual. O eu permitia a identidade da pessoa. 


    O sujeito pós-moderno não mais é assim. O “homem sem qualidades” do escritor austríaco Robert Musil, publicado entre 1930 e 1943, já o anunciava. O homem agora caracteriza-se como de identidade móvel. À medida que os sistemas de significado e representação cultural se multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade desconcertante e fugaz de identidades possíveis, com as quais nos poderíamos identificar, pelo menos temporariamente. Assim como o espaço e o tempo as identidades pós-modernas tendem para a descontinuidade. Apesar da identidade da sociedade sólida ser rigida e sujeita a problemas, as identidades liquidas podem potenciar uma expansão excessiva e disforme de um eu sem limites e desvinculado. Sentimentos de inquietação, desenraizamento e estranheza poderão entretecer os modos de vida e instalar-se uma era caracterizada pelo escape, a desconexão, o ter que estar sempre noutro espaço-tempo. Nesta época de excessos o burn-out é o adoecimento mais plausível de experienciar.


    Como podemos lidar com esta nova realidade?


    Precisamos de recuperar a capacidade de integrar e criar vínculos connosco, com os outros e com o mundo, para que possamos transformar os elementos desagregados do espaço-tempo e das identidades em realidades flexiveis em torno de núcleos integros e estáveis. Precisamos de unir o melhor de dois mundos: o sólido e o liquido.

  • PRIVACIDADE, LIVRE ARBRITRIO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

    Em construção

CONSULTÓRIO
CONTACTOS E MORADA
Próximo das Torres de Lisboa
Rua Tomás da Fonseca, nº 26 D
​(ao pé das Torres de Lisboa- 2ª Circular)​
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VALORES
1ª Consulta - 55 €

Psicoterapia individual - 45 €

Psicoterapia de grupo / 
Grupanálise Relacional - 16 €

Psicoterapia casal - 60 €

Psicoterapia familiar - 70€ 

 

CURRICULUM VITAE
FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÕES COMO PSICÓLOGA E PSICOTERAPEUTA

Psicóloga Clínica e da Saúde - Especialista pela Ordem dos Psicólogos Portugueses
Psicoterapeuta - Especialista pela Ordem dos Psicólogos Portugueses
Psicoterapeuta com formação Psicanalítica e Grupanalítica (Psicoterapias Individuais e de Grupo) pela Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapias Analíticas de Grupo

Jovens (a partir dos 16 anos) e Adultos

17 anos de experiência
  • Curso em Teoria e Técnica Grupanalítica (4 anos lectivos - reconhecido pela OPP)
  • Habilitação especializada para trabalho em psicoterapia em contexto dual / individual (o paciente e o terapeuta) e de grupo (até 8 pacientes e o terapeuta) pela Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo 
  • Formação em Fundamentos da Psicanálise Contemporânea (The Institute of Contemporary Psychoanalysis Los Angeles)
  • Ex-Membro da Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo (2011-2021) - Lisboa
  • Membro da International Society or Transference-Focused Phychotherapy - ISTFP - Nova York
  • Full Member GASi (Group Analytic Society International)
  • Membro de The Neuropsychoanalysis Association (NPSA), Cidade do Cabo (África do Sul), Londres e Nova York
  • Membro do Grupo de Investigação Mente, Cognição & Conhecimento (Lisbon Mind, Cognition & Knowledge Group: https://ifilnova.pt/grupos-investigacao/lmckg/
  • Registada na Entidade Reguladora da Saúde - ERS
  • Membro Efectivo da OPP (Ordem dos Psicólogos Portugueses) nº 4018
  • Membro Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde pela OPP
  • Membro Especialista em Psicoterapia pela OPP (Especialidade Avançada)
  • Autorização para a Prática Clínica Psicanalítica e Grupanálise pela SPGPAG -Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo


HABILITAÇÕES ACADÉMICAS

  • Licenciatura em Psicologia Clínica e do Aconselhamento (Pré-Bolonha) - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (2006)
  • Pós-Graduação em Psicologia Criminal e do Comportamento Desviante (Pré-Bolonha) - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (2007)
  • Licenciatura em Filosofia (Pré-Bolonha) - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1996)
  • Mestranda em Filosofia (Bolonha) -Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (a decorrer)

OUTRAS FORMAÇÕES

  • As Técnicas Projectivas na Criança pela ULHT
  • Medicina Sexual pela Faculdade de Medicina UNL
  • Técnica de Rorschach pelo ISPA  
  • MMPI-2 pela ULHT
TRABALHOS 

  • Co-autora de poster: Emotional responses to affective pictures modulated by congruent and incongruent stimuli, no 45th Annual Meeting of the Society for Psychophysiological Research, 2005, Lisboa.
  • Comunicação: O Grupo Kafkiano ou Kafka em grupo? no XIV Congresso Nacional da SPG PAG “Porquê estar em grupo?”, 2013, Lisboa
  • Poster: The Kafkaesque Group Or Kafka In Group? no 16th European Symposium in Group Analysis, 2014, Lisboa
  • Poster: O Paradoxo da Culpa, no Colóquio da APPSI “A Culpa”, Lisboa 2014 
  • Poster: Uma sessão de Grupanálise na obra “Memória de Elefante" de Lobo Antunes, no XIII ENCONTRO LUSO-BRASILEIRO e XV CONGRESSO NACIONAL DA SPGPAG, 2015 em Lisboa
  • Comunicação: Criando Caim? Vicissitudes da inveja no grupo, no XIII ENCONTRO LUSOBRASILEIRO e XV CONGRESSO NACIONAL DA SPGPAG, 2015, Lisboa
  • Comunicação: Uma perspetiva grupanalitica sobre a inveja, no Seminário Eduardo Luís Cortesão da SPGPAG, 2016 em Lisboa
  • Comunicação: Intersubjectividade e Narcisismos, novas respostas a velhas perguntas, no XVI CONGRESSO NACIONAL DA SPGPAG, 2016 em Lisboa
  • Comunicação: Clínica dos Grupos de Risco, no Seminário Eduardo Luís Cortesão da SPGPAG, Maio de 2017 em Lisboa
  • Comunicação: O choque do futuro: emergência da Inteligência Artificial, possíveis implicações para a teoria e técnica analítica, no XVII Congresso Nacional SPGPAG, Novembro de 2017
  • Comunicação: Sonhos do analista com os seus pacientes: reflexão e apresentação de um caso clínico, Seminário Eduardo Luís Cortesão, Janeiro de 2018 em Lisboa
  • Comunicação: Resgatar e repensar a ideia de inconsciente no séc. XXI Parte I, Seminário Eduardo Luís Cortesão, Julho de 2019 em Lisboa
  • Comunicação: Os Grupos Kafkianos, International Conference “Gratuitous Violence and Free Will in a Nihilistic Age” (With a Subsection on J. M. Coetzee’s Disgrace), Setembro, 2019 em Lisboa
  • Comunicação em co-autoria com Dr. João Paulo Ribeiro: Grupo-análise do destino mítico português, XIV Encontro Luso-brasileiro XIX Congresso Nacional de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo, Novembro 2019 em Lisboa
  • Comunicação: Arte, Artesanato e Grupanálise: O Trágico, XIV Encontro Luso-brasileiro XIX Congresso Nacional de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo, Novembro 2019 em Lisboa.
  • Poster: The saudade matrix no 1st GASi Online Symposium “The Languages of Groups: the power to include and exclude”, 4th – 6th September 2020
  • Comunicação: Deep comunication and language games in group analysis no 1st GASi Online Symposium “The Languages of Groups: the power to include and exclude”, 4th – 6th September 2020
  • Comunicação: Narcisismo, depressão e intersubjectividade na clínica grupanalítica - apresentação clínica - Seminário Eduardo Luís Seminário de Cortesão, Fevereiro, 2021, Lisboa
  • Comunicação: Fenomenologia, tecnologia e mente nas V Jornadas Ibéricas Ide Fenomenologia e VI Congresso da AFFEN, Novembro 2021, Lisboa
  • Comunicação: Fanatismo, narcisismo e anticosmopolitismo, Cosmopolitan Democracy, Conferência Internacional Online, Junho 2022, Lisboa
  • Comunicação: Desassossego identitário e espaciotemporal na Street Art, VIII Encontro Ibérico de Estética, Universidade Nova de Lisboa, Novembro 2022
  • Comunicação: Estranha forma de vida: niilismo e tédio na matriz da Saudade portuguesa, International Conference | Nihilism Across Boundaries, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Junho 2023



PUBLICAÇÕES
  • Lobo, R. (2015) The Kafkaesque Group. Group Analytic, Society International – Contexts, Spring 2015, London
  • Lobo, R. (2014). O Grupo Kafkiano ou Kafka em Grupo? Revista da Sociedade Portuguesa de Grupanálise e Psicoterapia Analítica de Grupo.
  • Lobo, R. (2020). Kahoin Matriski. Artigo e entrevista para a revista da Group Analytic Society Finland
  • Lobo, R. (2020) The Saudade Matrix. Group Analytic, Society International - Contexts, Winter 2020, London
  • Lobo, R. (2021) Deep Communication and Language Games in Group Analysis Spring, 2021, London 
  • Lobo, R. (2023) Are We Meat Machines? Artificial Intelligence and Groupanalysis, Group Analytic, Society International - Contexts 100th July 2023, London 

OUTRAS PUBLICAÇÕES
  • Lobo, Rita (2013). As (im) possibilidades do desenvolvimento e expansão do pensamento inteligente: contributo das investigações psicanalíticas de Bion In SITE da SPGPAG
  • Lobo, Rita (2012). O estudo dos sonhos. In SITE da SPGPAG
  • Lobo, Rita (2012). O envolvimento no não-envolvimento e o desenvolvimento do individuo e do grupo. In SITE da SPGPAG
  • Lobo, Rita (2012). Da tragédia da dependência ao amor maduro. In SITE da SPGPAG
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